LEITE A2A2: TUDO O QUE PRECISA SABER!
Fonte: COIMMA
Data da publicação: 23/01/2023
Leite A2A2: Tudo o que você precisa saber!!
Para dar início a nossa conversa, os lácteos são as melhores fontes naturais de cálcio, pois apresentam a mais alta biodisponibilidade desse mineral, ou seja, grande parte do cálcio ingerido é absorvido. Isso, porque outros alimentos ricos em cálcio, como as verduras verde-escuras, por exemplo, possuem substâncias, como os fitatos e taninos, que reduzem a absorção do mineral. Tornando assim o leite um alimento rico nutricionalmente e presente diariamente na dieta de muitas pessoas, sabemos que ele é secretado pela glândula mamária e possui como principal função fornecer nutrientes indispensáveis para o desenvolvimento.
Entendendo a composição do leite:
No caso do leite bovino, sua composição é aproximadamente de 87% de água e 13% de sólidos, nesses sólidos é onde estão as proteínas totais, gorduras, lactose, minerais e vitaminas.
As proteínas do leite têm um excelente perfil de aminoácidos, muitos deles essenciais para o organismo em todas as fases da vida. A gordura dos lácteos faz bem para a saúde, funcionando como um lava-jato cardíaco, que impede o acúmulo nas paredes arteriais. E, como se não bastasse, o leite possui poucas calorias e hidrata melhor que água e sucos.
É fato que a quantidade de proteínas depende da raça e da dieta dos animais diretamente e de forma geral, a proteína do leite é dividida em duas frações da proteína do leite, e as proteínas do soro.
Sendo que das proteínas do leite, as Caseínas estão presentes em grande maioria quando falamos de gramas por litro de leite, está por sua vez é composta pelos 9 aminoácidos essenciais sendo motivo das principais razões pelas quais esse alimento é tão significativo.
- A caseína é responsável pelo fornecimento de Cálcio (Ca);
- A β-caseína compõe cerca de 30% da proteína total do leite de vaca, e os tipos mais comuns encontrados nos bovinos são A1 e A2;
O que é o Leite A2A2?
O leite A2 é proveniente de vacas com genótipo a2a2 para a proteína do leite β-caseína A2 e pode ser uma opção para pessoas com alguns tipos de intolerância.
Todas as fêmeas mamíferas produzem a β-caseína A2, porém devido a uma mutação genética a vaca passou a produzir a β-caseína A1, denominando a primeira como algo mais natural, sendo que a diferença entre uma e outra é apenas devido a um aminoácido na posição 67, a Histidina facilitando a clivagem e seguida pela produção de β-casomorfina-7 (BCM-7) no caso da A1. No caso da A2 que apenas sofre uma pequena mudança e parece inofensiva, porém vai alterar a digestão da molécula BCM-7 sendo seu fator diferencial.
“Quando as enzimas digestivas interagem com a molécula de β-caseína A1, ela é quebrada justamente na posição 67, liberando um peptídeo de sete aminoácidos, o BCM-7. A presença de prolina, em vez de histidina, na variante A2, evita a hidrólise da ligação peptídica entre os resíduos 66a e 67a na β-caseína A2 e inibe a produção de BCM-7.”
- Tem sido mostrado que a caseína e seus derivados, particularmente o BCM-7, exercem uma variedade de efeitos sobre a função gastrintestinal causando desconfortos.
Nem todas as vacas produzem os dois tipos de caseína (A1 E A2), existem três genótipos possíveis:
1.O genótipo A1A1 determina que o animal produza apenas a β-caseína A1;
2.Vacas com o genótipo A2A2 produzem somente o tipo A2;
3.Vacas com o genótipo A1A2 produzem os dois tipos.
- Há hipóteses de que o leite A2 não está ligado somente à digestão humana, mas também à produtividade animal.
Leite com a proteína A2 pode ajudar a evitar desconfortos gastrointestinais!
A grande maioria da população pensa ter intolerância à lactose, pois se sentem desconfortáveis após ingestão, porém segundo a National Institutes of Health, grande parte das pessoas não possuem um problema com a digestão da lactose nem possui alergia à proteína do leite, mas eles relatam que esses sintomas podem ser causados pelo BCM-7, devida a digestão da β-caseína A1.
“Um estudo com indivíduos chineses com alta taxa de intolerância à lactose mostrou que o consumo de leite contendo β-caseína A1 foi associado a aumento dos sintomas gastrointestinais, concentrações mais altas de marcadores de inflamação, tempo de trânsito intestinal mais longo e quantidades inferiores de ácidos graxos de cadeia curta. Os ácidos graxos de cadeia curta são produzidos pela microbiota intestinal, possuem efeito anti-inflamatório e aumentam a atividade de algumas células da mucosa do intestino. Os resultados fornecem evidências de que o consumo de leite que contém β-caseína A1 pode afetar adversamente a função gastrointestinal e de que sua exclusão pode aliviar esses sintomas.”
Porém, apesar de se saber hoje que a intolerância à lactose e o consumo de leite A1 são coisas distintas, as pesquisas mais recentes levantam a hipótese de haver uma interação entre as duas condições.
Pontos importantes sobre o leite A2:
- O leite A2 contém penas a β-caseína A2 das vacas geneticamente selecionadas. No leite convencional existem os tipos A1 e A2, pois a caseína é a principal proteína presente no leite.
- Por não possuir a β-caseína A1, o leite A2 pode ser consumido por pessoas que tenham sensibilidade ao peptídeo BCM-7, que é produzido durante a digestão da β-caseína A1. Em pessoas com sensibilidade a essa molécula o consumo de leite pode causar desconforto, produção de gases e fezes mais líquidas, sintomas que podem ser confundidos com a intolerância à lactose.
- Nenhuma pesquisa demonstrou que o leite A1 implica o aparecimento de qualquer doença, portanto, o consumo de leite é benéfico para a saúde humana devido à sua riqueza nutricional. O leite A2 surge como uma alternativa para indivíduos sensíveis ao BCM-7, produto da digestão da β-caseína A1.
- A composição nutricional é igual entre o leite A2 e o leite convencional, ou seja, ambos são fontes ricas em proteína e cálcio. A diferença está apenas em um tipo de proteína, a β-caseína.
Fonte: COIMMA
Data da publicação: 23/01/2023
Pesquisa na internet: https://www.coimma.com.br/blog/post/leite-a2a2-tudo-o-que-voce-precisa-saber