ASSOCIAÇÕES SE MANIFESTAM SOBRE ADULTERAÇÃO DE PRODUTOS LÁCTEOS

13/12/2024
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Fonte: MilkPoint

Data da publicação: 11/12/2024

 

 

 

O Ministério Público (MP) realizou uma operação nesta quarta-feira (11/12), contra uma possível adulteração de produtos lácteos para disfarçar a deterioração em uma fábrica da Dielat localizada no município de Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Cinco pessoas foram presas até o momento. É a 13ª fase da Operação Leite Compensado.

 

O Ministério Público informou que a Dielat distribui seus produtos por todo o Brasil, além de exportar para a Venezuela. A empresa já forneceu laticínios para escolas e órgãos públicos após vencer licitações. No mercado brasileiro, as marcas vendidas são Mega Lac, Mega Milk, Tentação e Cootall, enquanto na Venezuela os produtos são comercializados como Tigo.

 

A operação, que resultou no cumprimento de várias ordens de prisão e busca, revelou um esquema sofisticado de fraude. Promotores explicaram que as fórmulas usadas escaparam das detecções iniciais durante as fiscalizações.

 

Associações se posicionam em defesa do setor

 

Diante da notícia, as Associações ligadas ao setor lácteo se manifestaram.Veja abaixo algumas das notas emitidas até o momento:

 

Sindilat/RS

 

“O leite é um produto nobre, produzido com zelo e cuidado por milhões de pessoas no mundo. Casos como o denunciado nesta quarta-feira (11/12) pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) referente à suposta adulteração precisam ser apurados com rigor, e os responsáveis punidos.

 

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) repudia com veemência qualquer po de adição indevida ao alimento, um procedimento que vai na contramão de um trabalho me culoso e diário adotado por produtores, transportadores e indústrias nos úl mos anos para elevar os padrões de qualidade no Rio Grande do Sul.

 

O leite gaúcho hoje é o mais fiscalizado do Brasil, procedimentos regrados por legislações federal e estadual em diferentes instâncias e órgãos de controle, a exemplo do Ministério da Agricultura, Anvisa, Secretaria da Agricultura, entre outros. Todas as cargas que chegam às empresas passam por testes físico-químicos em diferentes etapas do processo produtivo e os resultados estão constantemente à disposição das autoridades. Qualquer ação adotada no intuito de burlar o sistema posto é rechaçada em coro por todos os agentes do setor produtivo e deve ser punida”.

 

Nota Oficial da Gadolando e da Febrac sobre ação de adulteração de produtos lácteos

 

“A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), representante do setor leiteiro e dos criadores da raça Holandesa do Estado, e a Federação Brasileira das Associações dos Criadores de Animais de Raça (Febrac), como representante das associações de animais de raça, manifestam seu profundo pesar diante das recentes denúncias de adulteração de produtos lácteos envolvendo a empresa Dielat, localizada em Taquara. Segundo o Ministério Público, a empresa adicionava soda cáustica e água oxigenada em produtos como leite UHT, leite em pó e compostos lácteos, práticas que representam sérios riscos à saúde pública.

 

Lamentamos que ainda existam criminosos que comprometem a integridade de um produto tão essencial, fruto do árduo trabalho de nossos produtores. Reafirmamos que o leite gaúcho mantém elevados padrões de qualidade, sustentados pela dedicação e compromisso dos produtores com os consumidores.

 

É crucial destacar que tais adulterações não têm origem nas propriedades rurais ou nos produtores que cuidam com zelo de suas vacas e de todo o processo produtivo. Trata-se de ações isoladas e criminosas, que fogem completamente à regra. O leite produzido no Rio Grande do Sul é, por padrão, um alimento seguro, confiável e de altíssima qualidade.

 

Pedimos que a sociedade continue confiando no leite gaúcho e em seus produtores, bem como nas marcas que priorizam a qualidade e a transparência. Ressaltamos que esses casos são pontuais e, felizmente, foram prontamente identificados pelas autoridades, resultando na prisão dos envolvidos”.

 

Por fim, exigimos punições exemplares para os responsáveis por esse crime, que maculam a imagem de um produto tão nobre e essencial. O leite não é apenas um alimento; é o sustento de uma cadeia inteira, que inclui famílias dedicadas, trabalhadores do campo e pequenos produtores. Não aceitaremos que ações criminosas comprometam esse trabalho.

 

APIL - Associação de Pequenas e Médias Industrias de Laticínios do RS

 

A APIL - Associação de Pequenas e Médias Industrias de Laticínios do RS recebe com com grande surpresa e repulsa o caso recentemente denunciado nesta quarta-feira (11/12), pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP), sobre a possível adulteração do leite, que o caso deve ser investigado com seriedade, e os responsáveis devem ser severamente punidos.

 

Nos últimos anos, o importante setor lácteo gaúcho tem conquistado excelentes avanços nos padrões de qualidade, sendo referência a nível nacional. O leite produzido no Rio Grande do Sul é, atualmente, um dos mais fiscalizados do Brasil, com um sistema rigoroso que envolve legislações federais e estaduais, além de órgãos de controle como o Ministério da Agricultura, ANVISA, Secretaria da Agricultura, entre outros. Todas as cargas de leite que chegam às empresas passam por testes físico-químicos e microbiológicos em diversas etapas da produção, e os resultados estão sempre disponíveis para consulta das autoridades competentes.

 

Qualquer tentativa de burlar o sistema de controle é reprovada por todos os envolvidos no setor, e com certeza são casos pontuais, devendo ser tratados com a máxima severidade, sendo punidos de acordo com a legislação vigente. A APIL, por sua vez, repudia veementemente qualquer prática de adulteração do leite, que vai no sentido contrário ao trabalho sério, cuidadoso e comprometido realizado por produtores, transportadores e indústrias, além de ressaltar que a empresa investigada não faz parte do seu quadro de associados.

 

As informações são do G1, Terra e Rádio Taquara. As notas de manifestações foram emitidas pelas próprias Associações.

 

 

 

Fonte: MilkPoint

Data da publicação: 11/12/2024

Pesquisa na internet: https://www.milkpoint.com.br/noticias-e-mercado/giro-noticias/associacoes-se-manifestam-sobre-adulteracao-de-produtos-lacteos-237849/ 

 

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